A Prefeitura de Socorro, por meio das secretarias de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável e de Saúde, concluiu a entrega dos 311 biodigestores do Programa Municipal de Saneamento Rural. As famílias beneficiárias ficam nos bairros localizados nas bacias dos rios Peixe e Camanducaia. O projeto foi viabilizado com recursos do Fundo Estadual de Recursos Hídricos – FEHIDRO.
O programa apoia a substituição de sistemas rudimentares de esgotamento sanitário, como, por exemplo, fossas negras ou seu lançamento a céu aberto ou nos córregos e rios da região, por sistemas de tratamento de eficiência comprovada. A mobilização das famílias participantes contou com o apoio fundamental das equipes de agentes de saúde da família das ESF Rio do Peixe e ESF Moraes, considerando elementos como situação socioeconômica e aspectos ambientais.
Garantir segurança hídrica, por meio de maiores índices de qualidade da água dos corpos hídricos das bacias dos rios Mogi-Guaçu e Camanducaia, respectivamente, que é consumida tanto por Socorro, quanto por municípios vizinhos, é o principal objetivo do programa.
A presidente do IPESA, contratado para capacitação e assistência técnica ao projeto, Paola Samora, acrescenta que não somente a água dos sanitários deve ser tratada, mas também as águas das pias, chuveiros e lavanderias, popularmente chamadas águas cinzas. “Elas carregam sabão e outros produtos de limpeza, que também contaminam o ambiente”, destaca.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) aponta que o lançamento de esgoto não tratado é a principal fonte de poluição da água e do solo no meio rural e, também, a principal causa de doenças diarreicas em adultos e crianças. Nesse sentido, um dos beneficiários do programa comenta que “tratar o esgoto produzido nas residências, além de ser obrigação prevista em lei municipal, é uma forma de respeitar o próximo e promover a saúde das pessoas, nossos familiares, amigos e vizinhos”.
O secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Prefeitura de Socorro, Tiago Sartori, explica: “com a instalação dos 311 biodigestores, estima-se que cerca de 1,2 mil pessoas terão sistemas adequados para o tratamento do esgoto doméstico. Isso evitará a contaminação da água e do solo, garantindo mais saúde à população e ao meio ambiente”.
O prefeito Ricardo Lopes comenta que, “além desses dois projetos já em execução, outros já estão em processo de contratação junto ao CBH-Mogi e FEHIDRO, o que nos permitirá apoiar mais de 600 famílias, levando qualidade de vida e conservação ambiental ao meio rural”.
A próxima etapa desses projetos é o acompanhamento das instalações dos biodigestores nos imóveis dos beneficiários. Tiago acrescenta que os técnicos do IPESA, conjuntamente aos agentes de saúde da família das ESF Rio do Peixe e Moraes, estão visitando cada beneficiário e orientando quanto à correta instalação do sistema e tratamento das águas cinzas. “Uma vez instalados os sistemas, as famílias passam a contribuir diretamente com a preservação da saúde e do meio ambiente, além de ficarem regulares com a legislação, que que exige o tratamento de esgoto”, conclui.