A Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável alerta para a ocorrência de um fenômeno que vem acontecendo em todo o país. O uso indiscriminado de agrotóxicos vem dizimando as populações de abelhas e gerando preocupações quanto à perpetuidade de diversas espécies animais e vegetais.
As abelhas são insetos sociais e importantíssimos agentes polinizadores, sem elas as plantas não dão frutos e sementes, a vegetação das matas não se expande e as culturas não se desenvolvem. Todos são afetados. Atualmente, o regimento de agrotóxicos no Brasil, ao contrário de outros países, permite a utilização de produtos outrora banidos.
“A aplicação de pesticidas geralmente ocorre de forma inadequada, desconsiderando as fórmulas indicadas para cada espécie combatida, suas concentrações específicas, metodologias de aplicação e a própria biologia das espécies.” – informa o biólogo da prefeitura, Marcos Junior.
Tanto as espécies nativas, que são muito mais sensíveis ao uso de pesticidas, quanto a espécie europeia, que foi introduzida no Brasil, sofrem, pois ao coletar o néctar e o pólen das plantas acabam por ter contato com os pesticidas – ressaltou.
“E esse é um fenômeno que vem ocorrendo de forma silenciosa, uma vez que não vemos, mas o sentimos.” – diz o secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável.
Para evitar danos ao Meio Ambiente e à Saúde Pública, a prescrição e o uso de agrotóxicos no Brasil devem considerar o estabelecido nos receituários agronômicos.
“Existe uma falsa percepção de que o que é bom para algo, é bom para tudo. O uso indiscriminado de pesticidas para o combate de espécies consideradas pragas pode, também afetar aquelas que nos são benéficas, como vem acontecendo com as abelhas.” – finaliza Marcos Junior.